O Ambulatório Especializado em Saúde da Mulher de São Sebastião, vinculado
à Secretaria de Saúde (SESAU) e localizado dentro do Hospital de Clínicas de
São Sebastião (HCSS), já realizou 224 cirurgias de patologias benignas e
cerca de 60 atendimentos clínicos.
Entre as cirurgias realizadas, estão histerectomia (remoção do útero por incisão
abdominal e por via vaginal), miomectomia (remoção de miomas uterinos,
possibilitando à paciente engravidar) e retirada de ovários, cistos de ovários e
trompas. São realizados, em média, quatro procedimentos cirúrgicos por
semana. As mulheres que têm o ovário retirado passam, também, por
tratamento hormonal.
As pacientes são encaminhadas pela Central de Regulação da SESAU. Caso
não fossem feitas aqui, as cirurgias seriam realizadas nas referências
regionais. O Ambulatório Especializado em Saúde da Mulher reduz e previne
uma fila de espera nessa especialidade e agiliza a realização dos
procedimentos para as mulheres.
Às terças-feiras, cerca de 10 a 12 mulheres passam por avaliação e, quando
constatada a necessidade de cirurgia, são direcionadas para realizar os
exames pré-operatórios. Estando aptas, os procedimentos são agendados.
Quando a indicação é de tratamento clínico, já saem com a receita em mãos.
As cirurgias são realizadas por uma equipe médica composta por três
profissionais, coordenados pelo médico ginecologista e cirurgião, Dr. Edson
Cardin Nogueira. Ele conta que os procedimentos foram viabilizados por meio
de um projeto apresentado por ele ao prefeito Felipe Augusto e ao vice-prefeito
e secretário de Saúde Reinaldo Moreira, que aprovaram a realização dos
atendimentos.
“O resultado tem sido fantástico, não tivemos problema em nenhuma cirurgia e
conseguimos amenizar o desconforto dessas mulheres, que mensalmente
sofrem com sangramentos intensos, antecipando a realização das cirurgias e
devolvendo a qualidade de vida a elas”, explica o Dr. Edson.
Ele conta que futuramente serão ampliados a quantidade e os tipos de
cirurgias, englobando, entre outras, as de colpoperineoplastia anterior e/ou
posterior e cirurgia de levantamento de bexiga (sling). “Algumas mulheres,
devido ao parto ou a problemas hormonais, não podem fazer nenhum tipo de
esforço que acabam liberando urina. Isso traz um grande desconforto, pois
chegam a ter que utilizar fraldas, e ficam com receio de se hidratar ou sair de
casa, a fim de evitar situações constrangedoras”, conta.
Outras cirurgias que serão implementadas são de laqueadura vaginal ou
abdominal, exerese de cisto vaginal ou de nódulo de mama e endometrioma de
parede.
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