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Enfermeira indígena de Ubatuba ressalta importância da educação

Regiane Maria da Silva é de origem tupi-guarani e é a primeira enfermeira

indígena do município de Ubatuba. Nascida em aldeia do litoral sul de São

Paulo, ela veio pra Ubatuba no final de 2002, acabou casando e se

estabelecendo na Aldeia Renascer, no Corcovado, região sul de Ubatuba.


Um dos motivos para sair do litoral sul foi a busca de melhores condições de

estudo. “Não tinha a facilidade da escola dentro da aldeia, o acesso era muito

difícil, tinha que ir andando e não tinha transporte”, contou Regiane. “Quando

cheguei aqui, com 16 anos, tinha feito somente até a quinta série. Daí voltei a

estudar no EJA – Educação de Jovens e Adultos, parei quando tive meus

filhos, voltei novamente, concluí o ensino médio e depois passei no vestibular e

fiz a faculdade de Enfermagem em Caraguatatuba”.


Durante os estudos, ela trabalhou como agente indígena de saúde (AIS) e, há

cinco anos, atua como enfermeira na aldeia acompanhando um total de 68

pessoas de todas as idades.


Um fato que a orgulha muito é que 100% da comunidade de adultos da aldeia

já está vacinada contra a Covid-19 com três doses. Além disso, quase todas as

crianças em idade elegível também estão vacinadas, só faltando concluir a

imunização daquelas que estavam apresentando algum sintoma gripal e que,

por isso, devem aguardar 28 dias.


“A educação é fundamental. É muito importante que toda a comunidade

indígena conclua seus estudos, que possam terminar o ensino médio e fazer

um curso técnico ou uma faculdade. Isso gera oportunidades de trabalho e

renda dentro mesmo da aldeia”, destaca Regiane. “Podemos ter médicos,

dentistas, professores e professoras indígenas formados nessas áreas”,

completa.


Regiane destacou a preocupação com a sobrevivência de seu povo. Além da

preservação da cultura e do reforço ampliação da saúde indígena, ela destacou

como fundamental a demarcação das terras e territórios indígenas.

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