Em entrevista coletiva no dia 01 deste mês, o governador do Estado de São
Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que o prazo para a entrega das casas
populares para as pessoas que perderam sua moradia na tempestade dos dias
18 e 19 de fevereiro, em São Sebastião, é de 180 dias.
Antes do comunicado, ele sobrevoou as áreas atingidas e se reuniu com as
equipes que seguem atuando no município. Tarcísio de Freitas esteve
acompanhado do prefeito Felipe Augusto e do vice-prefeito Reinaldinho
Moreira.
O governador afirmou que serão construídas quantas casas forem necessárias,
em princípio, nos bairros Topolândia, Maresias e Vila Sahy. O Governo do
Estado pesquisa o mercado as opções mais rápidas de construção.
“Estamos pesquisando no mercado quais as opções mais rápidas. Estimamos
em até 180 dias o término da construção. Vamos construir as necessárias para
remover as famílias das áreas de risco”, disse Tarcísio.
Segundo o governador de São Paulo, a ideia é trabalhar com prédios de três
ou quatro andares. “Vamos usar áreas sem necessidade de alteração do Plano
Diretor, de interesse social, que permite a excepcionalidade de gabarito”,
afirmou.
Nos próximos 30 dias, as pessoas desabrigadas ficarão em hotéis e pousadas.
“Agradeço ao setor hoteleiro. São 120 hotéis e pousadas que se dispuseram a
participar, o que representa 4.100 leitos, mais do que necessitamos no
momento”.
Esse custo será pago pela iniciativa privada, por instituições financeiras e
grupos empresariais que se disponibilizaram a ajudar. Após os 30 dias nos
hotéis e pousadas, as pessoas serão transferidas para as chamadas vilas de
passagem, moradias transitórias que serão construídas de forma modular até
que as casas definitivas estejam prontas.
O governador disse que conversou com o prefeito Felipe Augusto sobre a
necessidade de remover pessoas que estão em outras áreas de risco, mas não
foram afetadas nesse episódio, mas que preocupam bastante, como é o caso
de Juquehy.
Tarcísio de Freitas afirmou que o objetivo é iniciar a remoção das casas na Vila
Sahy e, imediatamente, fazer as obras de contenção e “a criação de uma praça
para que ninguém consiga ocupar essas áreas e um memorial para
lembrarmos sempre o que aconteceu e significar um recomeço”.
O governador também anunciou a prorrogação por seis meses para o
pagamento de ICMS de empresas situadas nos municípios atingidos pelas
fortes chuvas.
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