A população de Ilhabela passou a contar com mais horários de ônibus desde
março, com a chegada de 15 veículos zero km para compor a frota do
transporte coletivo da cidade. O reforço garantiu ampliação de 20% na oferta
de horários. Bairros como o Camarão, na região baixa da Barra Velha, que
antes contava com cinco horários em dias úteis, passou a ter 11. O número de
partidas aos fins de semana também aumentou, de duas para 10.
O custo total da tarifa é subsidiado pela administração pública como forma de
onerar o mínimo possível o valor pago pelos usuários ao passar pela catraca
dos coletivos. Quem utiliza bilhete eletrônico paga R$ 2,10 e quem não possui
o cartão paga R$ 5. A Prefeitura subsidia o saldo do valor “cheio” que é de R$
9,20.
O preço foi atualizado em março, conforme contrato vigente que prevê a
revisão anual. Para chegar ao valor cheio é importante destacar que a
Prefeitura autoriza o reajuste com base em uma série de fatores, mas o
principal é onerar o mínimo possível o preço pago pelo usuário do serviço.
Composição da Tarifa
O custo da tarifa do transporte público é calculado com base em vários fatores.
Entre eles estão o INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o IPCA –
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, Fundação Getúlio Vargas e a
variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de um a quatro
salários mínimos. Além disso, ainda é preciso levar em conta a convenção
coletiva de trabalho dos funcionários da empresa concessionária do transporte
coletivo, manutenção dos veículos, combustível e quilômetros rodados.
Assim, o valor da tarifa é definido com base nos índices já citados e nos
cálculos resultantes da soma dos chamados custos variáveis, referentes a
combustível, lubrificantes, pneus, peças e acessórios e os custos fixos que
abrangem despesas mensais com pessoal, despesas administrativas,
depreciação e remuneração do capital. Tudo é dividido pelo número de
usuários e quilômetros rodados.
Soma-se a esse valor também o cálculo das passagens de benefícios sociais,
“gratuitas” ou com “desconto”, como é o caso de idosos acima de 60 anos,
pessoas com deficiência, gestantes (16 créditos mensais para as consultas
pré-natal) e dos estudantes que pagam 50%.
Subsídio
O subsídio é a ferramenta utilizada pela Prefeitura para evitar que a população
pague “à vista” o valor cheio da tarifa. O valor proveniente da arrecadação de
impostos e também uma parcela dos royalties do petróleo é utilizado para
saldar a diferença da tarifa e minimizar o impacto do reajuste contratual para a
população.
Outro ponto positivo é que o investimento no transporte público não beneficia
apenas o passageiro, mas a sociedade, já que com valores acessíveis, mais
pessoas podem se utilizar do serviço, diminuindo o número de veículos nas
ruas e consequentemente os congestionamentos, acidentes e trânsito e
emissão de gases poluentes.
Os investimentos também permitem à concessionária do transporte coletivo
oferecer renovação constante da frota e equipamentos que confiram conforto e
qualidade às viagens, como ar condicionado, conexão com internet (wi-fi),
tomadas USB e adaptação para pessoas com deficiência. O aumento da
quantidade de veículos também é outra vantagem, pois possibilita a ampliação
de oferta no número de linhas.
Malha Viária
A geografia de Ilhabela não favorece o tráfego de veículos de grande porte, em
especial os carros com suspensão a ar, que são mais confortáveis para o
usuário e, em contrapartida, suscetíveis à frequente manutenção. Para
minimizar essa situação a Prefeitura vem investindo na repavimentação das
vias principais da cidade. São R$ 27 milhões de reais em aproximadamente 60
vias que estão recebendo melhorias no pavimento, guias e sarjetas.
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