A casa caiu para Marco Aurélio Gomes: o candidato condenado por corrupção passiva por 10 anos e 10 meses de prisão em regime fechado agora tem mais um problema em sua malsucedida campanha. Nesta última quarta-feira, Marco Aurélio teve suas contas reprovadas por maioria na Câmara Municipal de Itanhaém, que validou uma decisão técnica do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP).
O pleito julgou favorável o parecer do TCESP que negava a prestação de contas de Marco Aurélio de quando ele foi prefeito de Itanhaém, mesma época que surgiu o escândalo de corrupção que o condenou, junto com seu irmão e seus amiguinhos. Marco Aurélio foi condenado por desviar milhões da educação em um esquema envolvendo fornecedores de uniforme escolar.
Após tentar usar diversos artifícios para fugir dessa votação e impedir que ela aconteça, inclusive fugir de notificações (uma das tentativas de notificação na qual ele recusa claramente a receber a intimação foi gravada em vídeo), Marco Aurélio se viu obrigado a enfrentar a dura realidade e teve o seu julgamento realizado na Câmara - apesar de todas as suas covardes tentativas de impedi-lo, incluindo um mandado de segurança que foi negado.
O candidato condenado teve a chance de se explicar perante a condenação do TCESP, a respeito da reprovação de suas contas, mas não o fez: esperou até a semana de eleição para ver se conseguia safar dessa, enganando a população. Não conseguiu e precisa, agora, enfrentar o cômico desfecho da sua campanha: vai ao pleito sabendo que está condenado e também inelegível.
O que significa o fato do candidato estar inelegível, mas ainda concorrendo? Nesse caso, por se tratar de alguém inelegível supervenientemente, significa que, uma vez que não há mais tempo hábil de impugnar a candidatura, Marco Aurélio ainda pode concorrer nesse pleito, mas está sujeito a ações na justiça eleitoral contra a expedição de diploma de sua posse. Ou seja, ainda que fosse eleito no domingo, ele não assume. Em suma, Marco Aurélio não vai ser feliz outra vez.
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