Os postos da Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Ubatuba continuam a realizar rodas de conversas e outras atividades como parte da campanha “Setembro Amarelo”, em torno à conscientização sobre o suicídio e a sua prevenção.
Os encontros reúnem funcionários e munícipes e têm como foco a identificação de sinais de alerta suicida, como ajudar e onde buscar ajuda. Também são tratados problemas como a depressão, abuso de álcool e outras drogas, imposição de padrões de comportamento social e estresse profissional que, se não acompanhados, podem levar ao suicídio.
No sábado, 18, a equipe da UBS Cícero Gomes, no Centro, fez um café da manhã e roda de conversa de acolhimento. “Foi um momento muito bom de escuta onde todos – inclusive os próprios trabalhadores da saúde – puderam compartilhar as dificuldades profissionais e pessoais que enfrentam neste momento de pandemia. A atividade teve resultados positivos inclusive com o retorno de uma das participantes que buscou mais apoio da equipe”, contou a enfermeira Graziela Muniz dos Santos.
Na região sul, a equipe do ESF Sertão da Quina, em parceria com o NASF-AB – Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica e o CRAS – Centro de Referência de Assistência Social – trabalhou a prevenção ao suicídio e a violência doméstica em atividade realizada, na segunda-feira, 20, no espaço da Escola Estadual Profª Aurea Moreira Rachou.
As palestras nas escolas são realizadas com revezamento de participantes para evitar aglomerações, além de uso de máscaras, álcool em gel e manutenção do distanciamento para evitar a Covid-19. A ação no Sertão da Quinta envolve tanto funcionários da Educação e da Saúde, quanto alunos e a comunidade. A palestra irá se repetir na segunda-feira, 27 de setembro, com rodízio dos participantes.
No ESF Perequê-Açu, a previsão é realizar uma roda de conversa sobre “Saúde mental para profissionais de saúde” na quarta-feira, 29 de setembro.
Entre em contato com a unidade de saúde mais próxima de sua residência para saber das atividades do Setembro Amarelo e agendar sua participação. Os endereços e contatos estão disponíveis no final do texto.
Como ajudar?
A escuta e o acolhimento sem julgamento da pessoa que dá sinais de falta de vontade de viver é a primeira orientação para amigos, familiares ou profissionais da rede de saúde e outros equipamentos públicos.
Em um vídeo realizado pelas equipes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS I e CAPS-AD) são apresentados alguns dos indícios de que uma pessoa precisa de ajuda, como tristeza profunda, baixa autoestima, falta de interesse, insônia, entre outros. Veja em https://www.youtube.com/watch?v=YZ1N5D4waAw
Os postos de saúde são porta de entrada para a busca de ajuda profissional e o encaminhamento a serviços como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
No Brasil, também existe o CVV – Centro de Valorização da Vida – que atende 24 horas pelo número 188 com apoio emocional para quem precisa conversar. O serviço é voluntário, sigiloso e gratuito.
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