O projeto de reciclagem de bitucas de cigarro recolhidas nas praias e principais
pontos turísticos de Ilhabela virou referência nacional. O projeto Ilhabela Sem
Bitucas já alcançou a incrível marca de 2,7 milhões de bitucas de cigarro
coletadas na cidade, por meio dos 141 pontos de coletas espalhados no
município. O programa conta com apoio da Prefeitura de Ilhabela e tem
parcerias das empresas Poiato Recicla e Flow Sustentável.
As caixas coletoras e totens com cinzeiros de bambu estão localizadas nas
praias, pontos de ônibus, Prefeitura, Unidades Básicas de Saúde, Hospital
Municipal e principais pontos turísticos de Ilhabela.
Além dos pontos de coleta espalhados na cidade, são realizadas,
frequentemente, ações de mobilização para promover a consciência ambiental
sobre o descarte correto das pontas de cigarro. “Há também dois Pontos de
Entrega Voluntária de Bitucas (PEV), um instalado na sede do Aterro Municipal
(o primeiro do Brasil) e o segundo no Paço Municipal, em ambos, os fumantes
residentes em Ilhabela podem levar suas bitucas e fazer o descarte correto”,
destacou a secretária de Meio Ambiente, Kátia Freire.
Na última temporada de verão, por exemplo, durante a caminhada nas praias,
uma banda tocava músicas para chamar a atenção dos turistas e moradores,
que receberam orientações sobre a importância do descarte das bitucas nas
caixas coletoras do projeto e os danos que elas causam ao meio ambiente:
apenas duas bitucas em um litro de água, equivalem a um litro de esgoto.
“Para preservamos as belezas naturais de nossa cidade, precisamos de ações
efetivas contra a contaminação das águas e do solo, por isso, o ‘Ilhabela sem
bitucas’ agrega nas ações do nosso Governo, que prioriza o saneamento
básico. Assim todos poderemos continuar a usufruir das águas que nos
cercam”, declarou o prefeito, Toninho Colucci.
O processo
Mensalmente, sob a gestão e coordenação da Secretaria de Meio Ambiente de
Ilhabela, a empresa Poiato Recicla realiza a coleta de bitucas e encaminha
para a sua usina de reciclagem, localizada em Votorantim. Neste local, as
bitucas recebem um tratamento, baseado numa tecnologia desenvolvida pela
UnB (Universidade de Brasília), para retirar todas as substâncias tóxicas,
virando massa de celulose.
Depois, todo o material volta para Ilhabela e vira fonte de renda para a APAE
de Ilhabela e, durante a pandemia, aos artesãos da cidade. Essa cadeia
consciente e produtiva será mostrada na edição desta sexta-feira (18/3) do
Globo Repórter, da TV Globo. A gravação foi realizada em setembro do ano
passado.
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