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Seminário Menos Lixo: Câmara e Sociedade Civil se unem para lutar pelo Plano Municipal de Resíduos

Um público de cerca de 250 pessoas lotou as dependências da Câmara

Municipal de São Sebastião, na noite de segunda-feira (22), para prestigiar o

Seminário Menos Lixo promovido pelo Legislativo em parceria com diversas

entidades ambientais do município.



O principal objetivo do evento foi alertar a comunidade e os vereadores para a

necessidade de implantar o Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos, com a devida participação popular e de entidades da sociedade civil

organizada, conforme determina a legislação federal do setor.


“Estamos aqui para pensarmos juntos uma cidade mais sustentável e um novo

rumo para a gestão de resíduos, resgatando o protagonismo que São

Sebastião já teve, sendo uma das primeiras a adotar a coleta seletiva. Não faz

sentido queimar o lixo, sendo que ele pode gerar riqueza e renda para a

população”, explicou Tatiana Prestes de Araújo, representante da Federação

Pró- Costa Atlântica.


Na abertura, o proprietário da pousada Sesmaria, Eduardo Melchert, fez uma

homenagem a três mulheres, que juntas iniciaram, na década de 90, a coleta

seletiva em São Sebastião, Patrícia Blauch, Georgeta Gonçalves e a Nane.


Durante o evento, acompanhados do diretor Douglas Martins, os alunos do 2º

ano do curso de Meio Ambiente da ETEC (Unidade de São Sebastião)

apresentaram o resultado do estudo de gravimetria dos resíduos gerados pela

Câmara.

“A Câmara pode contar com o apoio da ETEC, queremos ser parte da

mudança”, disseram.


O assessor parlamentar Carlos Oliveira, representando a deputada Marina

Helou, abordou sobre a importância do processo participativo na elaboração do

Plano Municipal de Resíduos Sólidos. “O plano de resíduos visa o bem-estar

da população, é um instrumento de gestão e deve refletir os interesses

coletivos”.


Também participou do evento, o presidente da Cooperativa de Sucata de São

Sebastião (Coopersuss), João Igor Alves Ribeiro, que abordou sobre os

desafios enfrentados pelos cooperados e como imagina o futuro do setor. “A

cooperativa tem 24 anos de história, nós trabalhamos com amor, convidamos

todos para conhecer o trabalho”.


Esteve presente no seminário o pesquisador do Instituto Polis, Victor Argentino,

que explicou de que forma compostagem interfere positivamente no clima,

diminui custos para o município e gera novos empregos. “36% das emissões

de gás do efeito estufa de São Sebastião vem do manejo de resíduos”.


A representante do movimento Composta Boiçucanga, Julia Lima Krahenbuhl,

apresentou o projeto e como vem sendo desenvolvido no bairro. “Com 56

famílias, nós compostamos 9 toneladas de resíduos orgânicos”.


O professor Marcos José Teixeira falou na Tribuna sobre a experiência

transformadora da compostagem na Escola Estadual Josepha de Sant´anna

Neves, no bairro da Topolândia, onde foi criada uma horta orgânica que

contribui na alimentação dos alunos.


Uma das participações mais aguardadas foi a do deputado do Estado de Santa

Catarina, Marcos José de Abreu, conhecido por Marquito, que abordou a

experiência de Florianópolis, da revolução dos baldinhos até a criação da Lei

da Compostagem, que transformou a cidade referência nacional.


O deputado parabenizou o presidente da Câmara Municipal por fazer a

parceria com os jovens da ETEC e abrir a casa para esse evento,

independente da posição partidária e disputas ideológicas.

“A compostagem é uma atividade de baixo impacto ambiental e é

importantíssima. Faz sentido transportar uma casca de banana por mais de

cem quilômetro para ser enterrada e transformada em nada? O aterro sanitário

é um produtor de gás de efeito estufa, o maior custo que tem é com tecnologia

é para tratar o chorume e, após o fechamento, nada mais pode ser construído

no local, devido o risco de explosão”, explica.


O presidente da Câmara, vereador Marcos Fuly, destacou que o Legislativo

está à disposição dos ambientalistas para intermediar a participação popular,

bem como cobrar da prefeitura a elaboração imediata do plano, uma vez que

uma empresa já foi contratada para sua execução.


“São Sebastião precisa continuar sendo exemplo na destinação

ambientalmente correta do lixo, como o foi de forma pioneira há cerca de 30

anos com a implantação pioneira na região da coleta seletiva.

Ao final do encontro, os vereadores Daniel Simões, Wagner Teixeira, Andre

Pierobon, Pedro Renato, Maurício Bardusco e José Reis assinaram o

manifesto se comprometendo a apoiar a participação popular na elaboração do

Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.


O evento contou com a participação de diversas entidades sociais e

associações de bairros, entre eles, o Coletivo Caiçara, Projeto Garoçá, Porto

de São Sebastião, Capitania dos Portos, Companhia Docas, Associação

Comunitária da Costa Sul, Sociedade Amigos de Barequeçaba, Associação de

moradores da Vila Sahy (Amovila), Cigarras Viva, Instituto Terra e Mar,

Comunidade Negra Iadalin, OAB – São Sebastião.


Apoiaram e ajudaram a organizar os eventos, a sociedade civil, representada

pela Etec - Unidade de São Sebastião, Federação Pró- Costa Atlântica,

Coopersuss, Composta Boiçucanga, Lixo Zero - Litoral Norte, Instituto Lixo

Zero Brasil, Aliança Resíduo Zero Brasil, Iesa, Flow, Pousada da

Sesmaria,Escambau Cultural, Brasileira Gourmet, Sociedade Amigos de Toque

Toque (Satoq), Cayu.eco, Agência Click Code.

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