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Caraguá terá sistema de monitoramento de segurança moderno com aumento de 474% das câmeras




A cidade de Caraguatatuba se prepara para uma revolução na área da segurança pública. O atual sistema da Central de Operações Integradas (COI) passará por uma grande reformulação, dando lugar a Central de Segurança Integrada (CSI), um modelo mais moderno e abrangente que promete ampliar drasticamente a cobertura de monitoramento no município.


Para se ter uma ideia do projeto, atualmente, Caraguatatuba conta com 161 câmeras de segurança — sendo 116 fixas e 45 com tecnologia embarcada*, como reconhecimento facial, leitura de placas e zoom óptico. Com o novo projeto CSI, esse número será elevado para 925 câmeras, o que representa um aumento de 474%. O número de pontos de cobertura também será triplicado, e expandirá o monitoramento das regiões centrais para os bairros.


Ainda serão integradas ao sistema outras 371 câmeras já existentes nas 60 unidades escolares, 14 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e diversos prédios públicos. Ao todo, serão quase 1,3 mil câmeras conectadas a um único sistema de monitoramento de segurança.


Um dos diferenciais do CSI será a ampliação da tecnologia embarcada* em cerca de 40% dos equipamentos, o que permitirá maior precisão no controle de acesso e na identificação de situações suspeitas. O projeto prevê, ainda, a utilização de drones e totens nas escolas, para reforçar a vigilância em áreas sensíveis.


Por exemplo, em casos de medida protetiva, a presença de uma pessoa com restrição poderá ser detectada automaticamente ao se aproximar de uma escola e permitir uma resposta imediata da equipe de segurança.


O novo sistema também será capaz de gerar um "mapa de calor" com base em zonas de vulnerabilidade espacial e temporal — regiões que se tornam mais perigosas em determinados períodos, como áreas próximas a escolas e universidades após o horário comercial.


Com base em estudos embasados cientificamente, o projeto considera as especificidades da jornada cotidiana das mulheres, que tendem a realizar deslocamentos mais complexos. Essas áreas com maior fluxo feminino terão atenção especial no planejamento da cobertura, ampliar a sensação de segurança e proteção para esse público.


Outro destaque é a parceria inédita com a plataforma Córtex, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Essa ferramenta federal permite o cruzamento de dados de veículos e pessoas com mandados de prisão em aberto, facilitando ações rápidas e eficazes. Com todos os sistemas interligados — câmeras, prédios públicos e radares — Caraguatatuba terá um “cinturão digital” de vigilância.


O modelo Smart Caraguá se espelha em iniciativas de sucesso, como o Smart Sampa, da capital paulista, que hoje opera com 17 mil câmeras para 11,4 milhões de habitantes — uma câmera para cada 675 pessoas. Em Caraguatatuba, a proporção será superior – uma câmera para cada 108 moradores, o que torna o sistema local sete vezes mais eficiente em termos de monitoramento per capita.


É importante destacar que o projeto está em fase de elaboração de edital para aquisição dos equipamentos. O governo municipal pretende viabilizar a implementação do CSI, que promete posicionar Caraguatatuba como uma referência nacional em segurança pública inteligente e integrada, até o final do segundo semestre deste ano.


Após a publicação, haverá os trâmites legais e prazos previstos em Lei. Se não houver questionamentos jurídicos, a previsão é que o sistema esteja em pleno funcionamento até o fim do ano, durante a alta temporada.


“Estamos nos organizando para que, no auge das festividades e do fluxo turístico em Caraguatatuba, já tenhamos o sistema operando com drones, bases policiais e o reforço das câmeras”, afirma o secretário de Tecnologia da Informação e Inovação, Rubens Alexandre da Costa. A temporada também funcionará como um grande teste operacional para o comportamento e efetividade do novo modelo.


Apesar do salto expressivo no número de câmeras — de 161 para quase 1.300 — o custo mensal do programa sofrerá um aumento modesto. Atualmente, o COI custa cerca de R$ 450 mil por mês. Com o Smart Caraguá, o valor passará para aproximadamente R$ 500 mil mensais, o que representa um incremento de apenas R$ 50 mil.


O motivo é o modelo de locação das câmeras: a empresa contratada será responsável por instalar e manter os equipamentos, enquanto a Prefeitura fará apenas a gestão do sistema. “Não é um investimento direto do município na aquisição das câmeras. Isso garante flexibilidade, agilidade e controle de qualidade sem onerar os cofres públicos com grandes compras iniciais”, diz o secretário.


Com a expansão do projeto, a atual sede do COI será substituída por uma estrutura mais ampla e moderna, equipada com um videowall composto por mais de 30 telas de 60 polegadas. O espaço contará com representantes da Defesa Civil, Guarda Civil Municipal, Polícia Militar e outros órgãos estratégicos, promovendo um modelo de integração total entre as forças de segurança e atendimento emergencial.


“O objetivo é criar um ambiente semelhante a um centro de controle de aeroporto, onde várias disciplinas trabalham de forma sincronizada, acompanhando a cidade em tempo real e respondendo de forma imediata a qualquer ocorrência”, conclui.

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