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Secretaria Nacional de Pesca Artesanal visita projeto de pescadores artesanais

O projeto “A Pesca Artesanal como Patrimônio Cultural Vivo”, realizado pela

associação Amor Castelhanos com verba do Programa de Estímulo à Cultura

da Prefeitura de Ilhabela recebeu a visita da equipe da Secretaria Nacional de

Pesca Artesanal na última quinta-feira (13) na Baía dos Castelhanos. Os

representantes do Coletivo Caiçara e da Coordenadoria de Assistência Técnica

Integral - CATI também compareceram.



O secretário adjunto Cristiano Ramalho foi recepcionado pelos secretários

municipais de Cultura, Marquinhos Guti e Comunidades Tradicionais, Pesca e

Agricultura, Ezequiel Alves, acompanhado de seu secretário adjunto, Felipe

Caranha. A visita à comunidade teve o intuito de conhecer a iniciativa pioneira

dos pescadores artesanais da comunidade tradicional em Ilhabela que realiza o

automonitoramento da atividade pesqueira local.


“É um passo muito importante na luta pela defesa das tradições culturais e de

subsistência da comunidade”, avalia o secretário de Cultura, Marquinhos Guti.

O projeto se dá pela coleta de dados envolvendo a utilização da rede boieira,

uma ferramenta que tem gerado debates intensos devido à legislação proibitiva

imposta aos pescadores artesanais. A classe profissional alega que a proibição

desconsidera fatores regionais importantes diretamente ligados à atividade

tradicional de subsistência caiçara.


A comunidade participa de oficinas de mapeamento dos territórios de pesca,

com levantamento e acompanhamento da rotina da pesca artesanal que

permite a compilação de dados desde as espécies que são pescadas, os locais

e a quantidade, entre outros fatores, de forma que a própria comunidade

acompanhe a evolução da atividade pesqueira e mantenha a tradição cultural e

econômica sem contrapor à preservação ambiental.


Entre os temas abordados na visita da equipe da Secretaria Nacional da Pesca

estão a necessidade de uma legislação que leve em conta a regionalização da

pesca e suas particularidades, além da importância de uma licença unificada

de pesca que compreenda mais de uma espécie e de um tipo de petrecho por

embarcação. Ainda foi falado sobre a urgência na desburocratização do

processo de emissão da documentação de regularização dos pescadores e a

criação de um protocolo de abordagem aos pescadores artesanais pela Polícia

Ambiental.


“A pesca artesanal é uma atividade de existência secular e merece permanecer

viva. Encontrar caminhos viáveis para essa prática com uma legislação que

contemple as particularidades é muito importante para as nossas

comunidades”, afirma o secretário Ezequiel Alves.

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